Porta a Porta desafia Pinto Luz a limitar prestações bancárias a 35% do rendimento das famílias

Gerardo Santos / Global Imagens

O Movimento Porta a Porta, que pede soluções para a habitação em Portugal, pede ao novo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que revogue o Novo Regime do Arrendamento Urbano e proíba a cobrança de prestações bancárias de créditos de primeira habitação acima dos 35% dos rendimentos das famílias.

Num comunicado enviado este sábado às redações, depois de se saber que a matéria estará sob a alçada do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, que ficará entregue a Miguel Pinto Luz, o movimento diz que “quem tutela a pasta precisa de alterar o caminho”, pois “as políticas que nos trouxeram aqui não nos retiram desta situação”.

As medidas que constam no programa da AD, lamenta o movimento, vão “na senda das anteriores”. “As lógicas de subsidiação e isenções fiscais compõem boa parte do programa, ou seja, aprofundam-se mais ainda as transferências dos rendimentos das famílias para o capital rentista, seja de forma direta ou indireta. O Estado menoriza-se e propõe a continuação e aprofundamento do conluio com os grupos económicos”.

É, considera o movimento, “fundamental que o novo ministro diga desde já se está disponível para revogar o Novo Regime do Arrendamento Urbano, e, com isso, intervir no sentido da regulação do mercado de arrendamento, na proibição dos despejos sem alternativa de habitação digna, na construção de habitação pública que nos coloque ao nível dos países da OCDE e se está disposto a proibir a cobrança de prestações bancárias de créditos de primeira habitação acima dos 35% dos rendimentos líquidos de cada agregado familiar, mobilizando para isto os lucros extraordinários da banca”.

O Porto a Porta diz ainda que, “mais do que nomes, importam as soluções e essas só as alcançaremos através da luta nas ruas”, exortando a população a “sair à rua” no 25 de Abril.

Publicado em: https://www.jn.pt/1488851473/porta-a-porta-desafia-pinto-luz-a-limitar-prestacoes-bancarias-a-35-do-rendimento-das-familias/